“Alegra-te, ó filha de Sião... Alegra- te de todo o teu coração, filha de Jerusalém... O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso Salvador” (Sf 3, 14.17). Com estas palavras o profeta Sofonias exortava os compatriotas a festejar a salvação que Deus estava a proporcionar ao Seu povo. A tradição cristã viu neste famoso texto profético um prenúncio da alegria messiânica, com uma particular referência à Virgem Maria.
Como não recordar, a respeito disso, a solenidade da Imaculada Conceição, celebrada precisamente no dia 08 de dezembro onde Maria é a “Filha de Sião”, que exulta pela plena e definitiva realização das promessas de salvação, cumpridas por Deus no mistério da encarnação do Verbo. Ela eleva ao Senhor um cântico de louvor e de agradecimento pelos dons de graça com que lhe foi concedido.
Na Leitura que me foi dado para meditar com vocês, se inicia no versículo 8, do capítulo 3 de Sofonias, que nos diz:
“Por isso, esperai-me – oráculo do Senhor- até o dia em que me levantarei como testemunha, porque resolvi congregar as nações e reunir os reinos, para descarregar sobre eles o meu furor, todo o ardor de minha cólera; porque toda a terra será devorada pelo fogo de meu ressentimento. Então darei aos povos lábios puros, para que invoquem todos o nome do Senhor, e o sirvam num mesmo espírito de zelo. (de um mesmo ombro, como que levando juntos a mesma carga.) De além dos rios da Etiópia virão os meus adoradores, meus filhos dispersos, trazer-me a sua oferta. Naquele dia, não serás mais confundida por causa de todos os pecados que cometeste contra mim, porque então tirarei do meio de ti teus fanfarrões arrogantes; não te orgulharás mais no meu santo monte. Deixarei subsistir no meio de ti um povo humilde e modesto que porá sua confiança no nome do Senhor.”
Nestes versículos o Senhor nos mostra que primeiramente vai descarregar o seu furor, sobre aqueles que em seus lábios não invocam o nome do Senhor.
Então irmãos clamemos o Espirito Santo sobre nós, para que em nós, este mesmo Espírito clame ao Pai, Abba Pai. Procuremos irmãos em nossa vida, uma vida de retidão, uma busca sincera e verdadeira de viver a vida em Deus.
Vejamos a passagem de Romanos 8, sobre a qual nos diz sobre a promessa também:
“Também nós, que temos as primícias do Espírito, gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a redenção do nosso corpo. Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda o espera? Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos.” (Rm 8, 23-25)
A mesma tensão entre promessa e cumprimento que se observa na Escritura a propósito da pessoa de Cristo, percebe-se também com relação à pessoa do Espírito Santo. Como Jesus primeiro foi prometido nas Escrituras, depois se manifestou segundo a carne e por último se espera em seu retorno final, assim o Espírito, em um tempo “prometido pelo Pai”, foi dado em Pentecostes e agora de novo o espera e invoca “com gemidos inefáveis” o homem e toda a criação, que tendo aproveitado as primícias, aguardam a plenitude de seu dom.
Neste espaço que se estende de Pentecostes à Parusia, o Espírito é a força que nos impulsiona adiante, que nos mantém em caminho, que não nos permite acomodar-nos e converter-nos em um povo “sedentário”, que nos faz cantar com um sentido novo os “salmos das ascensões”: “Que alegria quando me disseram: vamos para a casa do Senhor!”. Ele é quem nos dá impulso e põe asas em nossa esperança; mais ainda: é o próprio princípio e a alma de nossa esperança.
Dois autores nos falam do Espírito como “promessa” no Novo Testamento: Lucas e Paulo, mas, como veremos, com uma importante diferença. No Evangelho de Lucas e nos Atos dos Apóstolos é o próprio Jesus quem fala do Espírito como “a promessa do Pai”. “Eu – diz – enviarei sobre vós a promessa de meu Pai”; “Enquanto estava comendo com eles, mandou que não se ausentassem de Jerusalém, mas que aguardassem a promessa do Pai, ‘que ouvistes de mim: que João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo dentro de poucos dias’” (Atos 1, 4-5).
A que se refere Jesus quando chama o Espírito Santo de promessa do Pai? Onde o Pai fez esta promessa? Pode -se dizer que todo o Antigo Testamento é uma promessa do Espírito. A obra do Messias se apresenta constantemente como culminante em uma nova efusão universal do Espírito de Deus sobre a terra. A comparação com o que Pedro diz no dia de Pentecostes mostra que Lucas pensa, em particular, na profecia de Joel: “Acontecerá nos últimos dias, diz Deus: Derramarei meu Espírito sobre toda carne” (Ez 36, 27).
Quanto ao conteúdo da promessa, Lucas sublinha, como de costume, o aspecto carismático do dom do Espírito, em especial a profecia. A promessa do Pai é “o poder do alto” que tornará os discípulos capazes de levar a salvação aos confins da terra. Mas não ignora os aspectos mais profundos, santificadores e salvíficos, da ação do Espírito, como a remissão dos pecados, o dom de uma lei nova e de uma nova aliança, como se deduz da aproximação que traça entre o Sinai e Pentecostes. A frase de Pedro: “a promessa é para vós” (Atos 2, 39) se refere à promessa da salvação, não só da profecia ou de alguns carismas.
Podem passar dias, anos. Mas todas as palavras que ele disse se cumpriram. Quem sabe você ainda não tá vendo a promessa de Deus para sua vida, mas você não precisa ver, o que você precisa crer, porque ele fará. Toda a promessa passa pelo teste do tempo, ele esta provando o teu coração, ele esta forjando o teu caráter, olhe para o céu e erga um clamor de confiança e de desejo de viver a promessa do Senhor em sua vida.
Secretário do Grupo de Oração Jovem Nossa Senhora de Pentecostes.
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