Com a queda de Adão, o pecado destruiu o plano divino da santificação do homem. Nossos primeiros pais, criados à imagem e semelhança de Deus, em estado de graça e santidade, elevados à dignidade de filhos de Deus, foram precipitados num abismo de miséria, arrastando consigo todo o gênero humano. Durante séculos e séculos, o homem geme no seu pecado; este cavou um abismo insuperável entre Deus e a humanidade, e o homem geme para além do abismo, absolutamente incapaz de se levantar.
Para conseguir o que o homem não pode, para destruir nele o pecado e restituir-lhe a graça, promete-lhe Deus um Salvador. A promessa, feita e renovada através dos séculos, não se restringe somente ao povo de Israel; interessa a toda a humanidade. Já Isaías o havia pressentido: “Virão os povos em multidão, dizendo: ‘Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine seus caminhos’” (Is 2,3). E declarou Jesus expressamente: “Digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente e sentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos céus” (Mt 8,11).
O Senhor Jesus veio salvar a todos os povos, e convidar todos à mesa de seu Pai, no Reino dos céus. “Quer Deus todos os homens salvos e que cheguem todos ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). A fim de que se salvem todos, “enviou seu Filho unigênito, para que, quem quer que nele creia, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Assim amou Deus o mundo. Se foi Israel o depositário da divina promessa e recebeu a missão de transmiti-la de geração em geração, não é, porém, o único beneficiário. Desde a antigüidade, no plano de Deus, foi destinada a promessa a toda a família humana: ninguém está excluído. Jesus, Salvador, veio para cada homem e a cada homem oferece os meios necessários à sua santificação.
Assim dirige S. Paulo aos cristãos de Corinto sua primeira carta: “Aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos com todos aqueles que em todo lugar invocam o nome do Senhor nosso Jesus Cristo” (1Cor 1,2). Todos os que crêem em Cristo, seja de que povo for, são efetivamente “chamados a ser santos”; o que, na linguagem do Apóstolo, significa sobretudo pertencerem, serem consagrados a Deus mediante o Batismo e, portanto, em força desta consagração, tornarem-se pessoalmente santos.
Assim como a salvação, a santidade é oferecida a todos os homens. “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44), havia dito Deus ao povo de Israel; e Jesus especificou: “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,48). Estas palavras, não as dirigiu o Senhor a um grupo escolhido; não as reservou aos apóstolos, aos íntimos, mas pronunciou-as diante da multidão que o seguia. Ele, o Santo por excelência, veio santificar todos os homens e a todos oferece os meios necessários, não só para a salvação, mas também para a santificação: “Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Não se cansa a Igreja de repetir e inculcar este ensinamento do Senhor: “Ninguém creia que... (a santidade) seja para poucos homens escolhidos dentre muitos, enquanto os outros podem limitar-se a um grau inferior de virtude... Absolutamente todos... sem exceção alguma, estão compreendidos nesta lei” (Pio XI, AAS [1923]: 50).
De modo particular, o Concílio Vaticano II reafirmou a universal vocação à santidade: “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer sejam por ela dirigidos, são chamados à santidade... O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda perfeição, a todos e a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição, pregou a santidade de vida, de que ele mesmo é o autor e consumador” (LG 39.40). Não pode o homem encontrar em si mesmo recursos e forças para santificar-se; somente Deus é santo e somente Deus pode santificá-lo. O próprio Deus quer ser o santificador das suas criaturas e, em Jesus bendito, oferece em profusão, a cada homem, os meios para que se santifique.
Para conseguir o que o homem não pode, para destruir nele o pecado e restituir-lhe a graça, promete-lhe Deus um Salvador. A promessa, feita e renovada através dos séculos, não se restringe somente ao povo de Israel; interessa a toda a humanidade. Já Isaías o havia pressentido: “Virão os povos em multidão, dizendo: ‘Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine seus caminhos’” (Is 2,3). E declarou Jesus expressamente: “Digo-vos que muitos virão do oriente e do ocidente e sentar-se-ão à mesa com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos céus” (Mt 8,11).
O Senhor Jesus veio salvar a todos os povos, e convidar todos à mesa de seu Pai, no Reino dos céus. “Quer Deus todos os homens salvos e que cheguem todos ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). A fim de que se salvem todos, “enviou seu Filho unigênito, para que, quem quer que nele creia, não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Assim amou Deus o mundo. Se foi Israel o depositário da divina promessa e recebeu a missão de transmiti-la de geração em geração, não é, porém, o único beneficiário. Desde a antigüidade, no plano de Deus, foi destinada a promessa a toda a família humana: ninguém está excluído. Jesus, Salvador, veio para cada homem e a cada homem oferece os meios necessários à sua santificação.
Assim dirige S. Paulo aos cristãos de Corinto sua primeira carta: “Aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos com todos aqueles que em todo lugar invocam o nome do Senhor nosso Jesus Cristo” (1Cor 1,2). Todos os que crêem em Cristo, seja de que povo for, são efetivamente “chamados a ser santos”; o que, na linguagem do Apóstolo, significa sobretudo pertencerem, serem consagrados a Deus mediante o Batismo e, portanto, em força desta consagração, tornarem-se pessoalmente santos.
Assim como a salvação, a santidade é oferecida a todos os homens. “Sede santos porque eu sou santo” (Lv 11,44), havia dito Deus ao povo de Israel; e Jesus especificou: “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mt 5,48). Estas palavras, não as dirigiu o Senhor a um grupo escolhido; não as reservou aos apóstolos, aos íntimos, mas pronunciou-as diante da multidão que o seguia. Ele, o Santo por excelência, veio santificar todos os homens e a todos oferece os meios necessários, não só para a salvação, mas também para a santificação: “Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Não se cansa a Igreja de repetir e inculcar este ensinamento do Senhor: “Ninguém creia que... (a santidade) seja para poucos homens escolhidos dentre muitos, enquanto os outros podem limitar-se a um grau inferior de virtude... Absolutamente todos... sem exceção alguma, estão compreendidos nesta lei” (Pio XI, AAS [1923]: 50).
De modo particular, o Concílio Vaticano II reafirmou a universal vocação à santidade: “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer sejam por ela dirigidos, são chamados à santidade... O Senhor Jesus, mestre e modelo divino de toda perfeição, a todos e a cada um dos seus discípulos, de qualquer condição, pregou a santidade de vida, de que ele mesmo é o autor e consumador” (LG 39.40). Não pode o homem encontrar em si mesmo recursos e forças para santificar-se; somente Deus é santo e somente Deus pode santificá-lo. O próprio Deus quer ser o santificador das suas criaturas e, em Jesus bendito, oferece em profusão, a cada homem, os meios para que se santifique.
Extraído de: Madalena, Gabriel de Sta. Maria. Intimidade Divina. São Paulo: Loyola, 1988, pp. 25-26.
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