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Seminário de Vida no Espírito Santo - O PECADO (2ª pregação do SVES)

O PECADO - UM ATO DE DESOBEDIÊNCIA A DEUS

“Acaso não sabeis que os injustos não hão de possuir o Reino de Deus? Não vos enganeis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os devassos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os difamadores, nem os assaltantes hão de possuir o Reino de Deus.” (Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 9, versículos 9 e 10)



Em nosso estudo sobre o amor de Deus, vimos que o Senhor manifestou seu amor na criação do mundo, criando um mundo bom e ordenado. Vimos ainda que o gênero humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, isto é, o ser humano foi criado com a capacidade intrínseca de amar: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Quando criado, o homem foi chamado a viver em amizade com seu Criador e em harmonia consigo mesmo e com a criação, o que somente será superado pela glória da nova criação em Cristo. Ao apresentar, em Gênesis, capítulo 2, versículo 15, a presença do ser humano no Jardim do Éden, o Autor Sagrado nos lembra que, homem e mulher são chamados a viver em intimidade de amor com o Senhor Deus. Porém, tal intimidade é quebrada quando o homem cede ao pecado (Gênesis 3, 1 – 13).

Quando pecamos, preferimos a nós mesmos, menosprezando, com isso, o Bom Deus. Ao citar a árvore do meio do jardim (Gênesis 3, 16), cujo fruto Deus proibiu o homem comer, o texto bíblico vem referir-se ao fato de o homem julgar por si mesmo o que é “bem” e o que é “mal”, independentemente do que Deus considera “bem” e “mal”. Em outras palavras, o homem , por um ato voluntário e livre, quis ser como Deus, contrariando o seu estado de criatura.

A liberdade que Deus deu ao homem é uma grande prova de Seu amor. Da decisão livre do homem depende sua opção pelo bem ou pelo mal. Pecando, o homem cria um abismo entre ele e Deus, de tal modo que se esconde daquele que lhe era íntimo (Gênesis 3, 8). A saída encontrada após a tentativa de esconder-se é a acusação medrosa, e não o arrependimento confiante. Pelo pecado, o homem torna-se escravo e condenado à morte.

Após relatar o primeiro pecado (chamado pela tradição d
e “pecado original”), o texto sagrado nos apresenta, logo nos capítulos seguintes: o fraticídio cometido por Caim contra Abel (Gênesis 4, 3 15) e a corrupção universal em decorrência do pecado (Gênesis 6, 5 – 7. 12). Na história de Israel, o pecado se manifesta frequentemente.

Sobre o pecado, o Catecismo da Igreja Católica afirma: “é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza humana e ofende a solidariedade humana... O pecado é ofensa a Deus (Salmo 50, 6)... ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia d’Ele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se “como deuses”, conhecendo e determinando o bem e o mal (Gênesis 3, 5)” (CIC, 1849 - 1850).

A variedade dos pecados nos é apresentada nas Escrituras em vários trechos. Vejamos duas destas citações:
- Romanos 1, 28 – 32: muitos, além de pecar, chegam a aplaudir os pecados cometidos por outros. De fato, vemos, nos dias atuais, que as pessoas se envolvem com o pecado como algo normal;
- Efésios 5, 3 – 5: por causa da gravidade e das consequências do pecado na vida da humanidade, somos exortados a fugir do pecado, sob pena de perdermos o Reino de Deus.

CONVIDADOS A ROMPER COM O PECADO

São Paulo ainda nos exorta: “Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 6, 23)

Portanto, somos convidados a romper com o pecado, revestidos como verdadeiros cristãos (Efésios 6, 10 – 18), uma vez que Deus nos escolheu e nos predestinou, antes mesmo da criação do mundo para a santidade (Efésios 1, 3).




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