Pular para o conteúdo principal

Dez conselhos de Bento XVI aos jovens


papa_jmj_asutralia

Conversar diariamente com Deus, ler a Bíblia, ir à Missa aos Domingos, contar as alegrias e penas a Cristo, dar exemplo ou ser útil aos outros: são alguns dos conselhos que o Papa dá aos jovens.



1) Conversar com Deus
“Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: "Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar". Durante estes dias podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.



2) Contar-lhe as penas e alegrias

“Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o "direito de vos falar" durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.


3) Não desconfiar de Cristo

“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso "sim" ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: ‘Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. ¡Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta’. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.


4) Estar alegres: querer ser santos

“Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’ da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (...). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.


5) Deus: tema de conversa com os amigos

“São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.

6) No Domingo, ir à Missa

Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente.

7) Demonstrar que Deus não é triste

Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não.
 

8) Conhecer a fé

Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em conseqüência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura.


9) Ajudar: ser útil

Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes.


10) Ler a Bíblia

O segredo para ter um "coração que entenda" é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: "O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

(NOVENA) Nossa Senhora de Pentecostes

9 o . Dia Antífona -  Todos: Á vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas suplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Intenção: PELA FRATERNIDADE JESUS SALVADOR Leitor: Ó Senhora de Pentecostes, a quem foi confiado o patrocínio da Fraternidade Jesus Salvador, fazei com que esta Obra, suscitada por Deus na sua Igreja, seja fiel ao espírito de seu fundador, às sua intenções evangélicas, e ao exemplo de sua santidade. E constantemente atenta aos sinais dos tempos, deseje que se perpetue, através dela em sua existência, o derramamento do Espírito Santo, como um Novo Pentecostes. Que no coração da Igreja, Esposa de Cristo, sejamos a pura expressão do contínuo culto de louvor e adoração a Nosso Senhor Jesus Cristo, para que, por meio de nossa consagração, possamos produzir frutos de santidade na humanidade. Que todos nós, servos e servas de Javé Salvador, fiéis a nossa verdadeira ...

Catequese do Papa: a oração intercessora de Abraão

Intervenção na audiência geral de hoje CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 18 de maio de 2011 ( ZENIT.org ) - Apresentamos, a seguir, a catequese dirigida pelo Papa aos grupos de peregrinos do mundo inteiro, reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral.  *** Queridos irmãos e irmãs: Nas duas últimas catequeses, refletimos sobre a oração como fenômeno universal, que - inclusive de diversas formas - está presente nas culturas de todas as épocas. Hoje, no entanto, eu gostaria de começar um percurso bíblico sobre este tema, que nos conduzirá a aprofundar no diálogo de aliança entre Deus e o homem, presente na história da salvação, até o seu cume, a Palavra definitiva que é Jesus Cristo. Este caminho nos fará deter-nos em alguns textos importantes e figuras paradigmáticas do Antigo e do Novo Testamentos. Será Abraão, o grande patriarca, pai de todos os crentes (cf.  Rm  4,11-12.16-17), quem nos oferecerá o primeiro exemplo de oração, no episódio de intercessão pela c...

Falsas Doutrinas (6º tema do SVES)

“ Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”  (Jo 14, 6) O nosso Deus tem por nós um amor como de um esposo, e o que mais fere o coração de um esposo é a traição. Agimos com traição para com Deus e para com o seu projeto de amor quando procuramos outro caminho que não seja Jesus Cristo.  Mas, apesar de nossas infidelidades, o Senhor continua a nos amar (Os 3, 1). Por causa deste tão grande amor é que, em sua Palavra, Deus vem nos orientar (Dt 18, 9 – 14). O Senhor quer que sejamos somente d’Ele, que não coloquemos nossa confiança em nada que, oferecido pelo mundo como recurso, ofusque a Providência e a Onipotência divinas.  Dentre as práticas abomináveis por Deus segundo o trecho em estudo, vejamos as que são mais comuns em nosso meio. A astrologia começou a Babilônia, no meio de um povo pagão, onde tudo que se movia e irradiava luz era tido como Deus. O fato de os astros se moverem e apresentarem luz significava para eles q...